Interpretação patrimonial e turismo em centro histórico: uma proposta para o munícipio de Antonina, Paraná, Brasil

Resumo

Este trabalho objetiva abordar as possibilidades de aprimoramento da atividade turística por intermédio da interpretação patrimonial no município de Antonina, localizado no estado do Paraná, tendo em vista que, em 26 de janeiro de 2012, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Brasília, aprovou o tombamento de seu centro histórico, reconhecendo-o como patrimônio nacional. A partir da metodologia de pesquisa qualitativa e técnicas de pesquisa bibliográfica e documental, verificou-se que a área tombada materializa os processos de ocupação territorial no Sul do Brasil, e está ligada ao primeiro ciclo de exploração de ouro do país no século XVII. Além dos aspectos históricos do município, há ainda a beleza de sua composição paisagística, com a presença da Serra do Mar, da Mata Atlântica e sua baía, fatores que contribuíram também para Antonina fazer parte do patrimônio histórico nacional. Considerando que uma das formas de valorização dos destinos turísticos e de seus respectivos patrimônios pode ocorrer a partir do uso da interpretação, “ensinando” o visitante por meio de informações sobre a história do local, tornando o patrimônio mais do que um objeto de mera contemplação, e sim um meio de conhecer a cultura e a identidade a partir da percepção do local visitado. A atividade interpretativa pode revelar significados e relações antes não exploradas durante as visitas turísticas. Os bens patrimoniais tombados em Antonina podem, portanto, ser mais bem aproveitados para o turismo, à medida que elementos interpretativos sejam inseridos no contexto das visitas, pois além dos benefícios culturais, uma programação consolidada com ações de interpretação pode levar o visitante a prolongar sua permanência na cidade, bem como estimular o retorno para outras visitas, movimentando assim a economia local. Dessa forma, este trabalho visa a contribuir e a fornecer subsídios para o município, em um estudo a fim de nortear planejamento de atividade interpretativa aliada à atividade turística.