Em busca da memória de Jacarezinho (PR): estação ferroviária de Jacarezinho e expressões da afetividade

Juliana Carolina da Silva, Luciana Brito

Resumo


Este estudo consiste na interpretação da construção de narrativas que gravitam em torno da estação ferroviária de Jacarezinho. Na oralidade as pessoas inventaram e reinventaram suas experiências sobre a edificação e a máquina férrea, engendrando relações que transportaram seus enredos para fora dos trilhos. Representado em fotografias, poesia e lenda, o descarrilamento das memórias permite a construção de relações com outros aspectos e delineia o trajeto da afetividade que envolve o local. Nesse sentido, a estação ferroviária de Jacarezinho é redimensionada e surge múltipla, não apenas como ponto de chegada e partida, mas também, e significativamente, de contato humano a ser analisado como um espaço público no qual relações de trocas encontram-se associadas à produção de sentimentos de pertencimento e delineação de identidade de grupos em seus frequentadores. Contudo, sem as viagens e utilidade da edificação, o afastamento das pessoas com o local, o desuso, deterioração e a perda das referências pessoais, acarretaram o adormecimento do significado social. Desta maneira, propomos uma breve observação acerca dos caminhos da afetividade, com relação ao patrimônio ferroviário de Jacarezinho, narradas nas fotografias, poesia e lendas e a reflexão acerca das dificuldades locais de preservação e revitalização, dialogando com o conceito de ressonância.


Palavras-chave: estação ferroviária de Jacarezinho, afetividade, ressonância, história local.


Palavras-chave


Estação Ferroviária de Jacarezinho; Afetividade; Ressonância; História Local

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DOI: http://dx.doi.org/10.22491/1806-8553.v11n1a003

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