GESTÃO INTEGRAL DOS RECURSOS HÍDRICOS EM BACIAS E ÁREAS URBANIZADAS. ANÁLISE CRÍTICA DA BACIA URBANIZADA DO RIO QUIBÚ, LA HABANA, CUBA.

Resumo

Há muitos anos existe a tendência mundial de crescimento urbano e à formação de cidades grandes e muito grandes, inclusive de megalópoles. Em muitas destas cidades o desenvolvimento não é planejado ou, quando este ocorre, é deficiente, criando múltiplos problemas, muitos deles de caráter hidrológico. O manejo das águas nas cidades (entenda-se recursos hídricos) abarca um conjunto numeroso e complexo de aspectos. Esta questão não é sempre apreciada com total clareza e muito menos com sua integralidade, tanto no planejamento urbano como no posterior desenvolvimento e manejo destes assentamentos populacionais, apesar disto ser indispensável para o desenvolvimento sustentável. Tal atividade compreende distintas esferas e um grupo numeroso e diverso de ações, que não devem desenvolver-se independentemente umas das outras, e sim, a partir do chamado “Manejo Hidrológico Integral” (gestão ou manejo integral da água: MIA). Ademais as questões devem ser resolvidas no contexto urbano e peri-urbano, tomando como marco de referência toda a bacia, ou as bacias hidrológicas às quais o território urbanizado está subordinado. Neste trabalho são expostas diversas formas de impacto da urbanização nos sistemas hidrológicos naturais, os aspectos particulares concernentes ao manejo das águas nas cidades, as deficiências e problemas que comumente se apresentam e, em particular, a análise de caso do comportamento desta problemática na bacia hidrográfica do rio Quibú, localizado na região de Havana, Cuba. Os dois exemplos expostos permitem observar que existe uma variedade de aspectos dentro do MIA, uma grande diferença entre um caso e outro, e que a gestão integral das águas nas zonas urbanas se caracteriza pela sua elevada complexidade. A parte final do trabalho descreve em síntese os principais problemas e a situação crítica geral da bacia Quibu, objeto deste estudo, desde o ponto de vista hidrológico-ambiental, como é próprio de bacias pequenas muito urbanizadas que não apresentam nenhuma melhoria; assim como um conjunto de recomendações sugeridas pelos autores para solucionar os problemas identificados